Confirmou que a arma de fogo que estava no local pertencia a seu pai. Quando o Dr. Alvim perguntou a ela por que ficou apenas pouco mais de uma hora no motel quando poderia ter ficado.
Naquele dia, Suzane chegou em sua casa por volta das 17h. Desistiram antes de entrar e voltaram para casa de Daniel, onde esperaram o telefonema de Andreas. Daniel ficou no carro enquanto a namorada entrou e saiu, o que levou aproximadamente dez minutos.
Deram algumas voltas com o garoto, que usava sua mobilete, foram para a casa de Daniel, onde ele desceu e guardou o ciclomotor do menino. Suzane e Andreas foram embora, mas telefonaram para ele logo depois, contando que a casa estava revirada. Daniel pegou seu carro e foi imediatamente para a casa da namorada. O terceiro conflito era sobre como o tempo foi gasto no motel. Para Suzane, eles tinham ido primeiro para a piscina, depois para a hidromassagem e nada de sexo naquela noite.
Bem, ela a estava usando novamente. Manfred Von Richthofen visivelmente transtornado, gritando com o namorado da filha Suzane, Daniel Cravinhos. Eles achavam que Suzane e Daniel fumavam maconha. Em conversa com o Dr. Nesse caso, nada foi encontrado. Hematoma ao redor das equimoses. Consta do laudo que o meio utilizado para assassinar Manfred von Richthofen foi cruel.
Foi o que aconteceu nesse caso. Quatro investigadores foram escalados para fazer a es- cuta 24 horas por dia: Santana, Wendel, Leandro e Luciano. Suzane era consolada o tempo todo pelo namorado, que ela carinhosamente chamava de Dandan. No dia anterior o amigo o ha- via procurado, logo cedo. Restava a Jorge aguardar o desenrolar dos acontecimentos. Sem perder tempo, telefonou para o amigo Dr.
O que se estranhava era ele ter arrumado dinheiro para comprar uma novinha. Ela havia sido liberada do trabalho pela filha da patroa, mas queria comparecer ao enterro do casal. Ligou para Suzane, que acabou pedindo a ela para ir limpar a casa. Dia de Finados. Os delegados explicaram que queriam dar mais uma olhada na casa sem causar transtorno. Segundo o relato dos policiais que fizeram essa visita, Suzane foi colaborativa, mas fria. Alvim e a Dra. Nada relevante foi encontrado nele.
Segundo ele, o casal se dava bem. Suzane afirmou para os pais que o relacionamento havia acabado e Miguel ficou surpreso quando, por volta das 4h30 da madrugada da quinta-feira, recebeu o telefonema de Da- niel contando o ocorrido. Nesse dia ocorre o segundo depoimento de Suzane Louise von Richthofen. A filha do casal disse que, em seu entender, bebiam demasiada e diariamente.
Extra-oficialmente, em conversa com a delegada Dra. Trabalhava com a psiquiatra havia sete anos e a descreveu como uma pessoa extrovertida, sempre bem-humorada e que atendia diversos pacientes. Como interrogar a menina se ela estivesse envolvi- da? Armada desses dados, a Dra. O delegado Dr. Segundo o Prof. Por essas e outras pensavam em mandar Suzane para a Alemanha, onde tinham familiares.
Finalmente se sentia seguro. Subes- timando a pergunta e quem a fazia, Suzane respondeu que nunca o namorado havia tirado o anel. Pegava os caras e pronto! Daniel, inseguro com o rumo que a prosa tomava, ia e vinha. Seu obje-. Tudo era bastante arrumado, cada coisa em seu lugar. Imediatamente pediu que um policial subisse ali e verificasse quanta poeira havia no local e na tampa. Nada foi encontrado. Ao voltar para dentro da casa, o Dr.
Todas as chaves eram numeradas, e o pai tinha a chave mestra. Manfred tinha acesso a todas as fechaduras e carregava sua chave num chaveiro de argolas. E foram. Por conta do destino, o lixo permanecia ali, sem ser recolhido, desde o dia do crime.
O depoimento do Sr. Segundo seu testemunho, tinha excelente relacionamento com o casal Richthofen. Na madrugada do crime, quando Daniel ligou pedindo ajuda, Astrogildo e a esposa foram para a casa de Suzane. Mantinha contato profissional com Man- fred e social com o casal. Jamais soube de nenhum relacionamento extraconjugal de Manfred. Para ele, o casal sempre pareceu se dar bem. Manfred era um pai muito presente.
Ele estava muito feliz com a filha, pois ela vinha fazendo monitoria de outros estudantes na faculda- de. Ele era do tipo que ia de casa para o trabalho e do trabalho para casa. O casal fumava cigarros da marca Free, e nunca viu Suzane fumando na frente dos pais. Sabia que o Dr. Manfred levava Andreas todos os dias para a escola, voltava para tomar banho, trocava-se e ia tra- balhar. O esquema de chaves da casa dos Richthofen era bastante complexo. Sobre Daniel, a empregada falou que nem o conhecia antes da segunda-feira daquela semana.
Manfred e a Dra. No domingo anterior, temendo perder o emprego, Reinalva conversara com Miguel Abdalla. Depois de chegar da escola, o menino costumava brincar no quintal com sua espingarda de chumbinho. Ficou sabendo de tudo isso pelo Sr. Claudia costumava conversar com os filhos do casal, que tinham um relacionamento bem normal com seus pais.
A menina lhe pareceu confusa, se disse desamparada, mas acrescentou que encontrava apoio em seu namorado, Daniel. Andreas lhe parecia bastante triste com a perda. Suzane: Foi por volta das seis da tarde. Eu fiquei na casa dele, mostran-. Deviam ser umas onze e meia. S: Para a minha casa, pegar dinheiro. C: Como ele sairia? Ele tinha a chave? C: E depois foram para onde? Ele estava proibido de entrar na sua casa?
S: De jeito nenhum! Daniel nunca foi proibido de entrar na minha casa! Depois eles me pediram desculpas e ficou tudo bem. Mesmo depois dessa briga, jamais os meus pais proibiram que Daniel entrasse em casa.
S: Sempre, nunca tirei. Eles sempre souberam do namoro. E, se era verdade que seus pais aceitavam plenamente seu namoro e aprovavam Daniel, por que todos mentiriam sobre isso? Ele trabalha onde? C: Ele estuda? Os pais de Daniel uma vez comentaram que ele teve problemas com drogas. Sabe se ele recentemente comprou uma moto? Foram imediatamente conversar com o Sr. Astrogildo sobre seu outro filho. Para identificar a pessoa certa em meio aos outros, o Dr. O delegado pediu a. Ele olhou para Cristian, a pedido do delegado, e o reconheceu como aquele que havia estado com um amigo em sua loja e comprado uma motocicleta da marca Suzuki GSX , na cor preta.
Quando perguntado onde estava no dia do crime do ca- sal Von Richthofen, Cristian disse que tinha ido ao Red Play por volta das 22h, onde ficou jogando durante 50 minutos. Comportavam- se como se nada tivesse acontecido.
Ele tomou a dianteira para atender todas as necessidades deles. Ela foi levada para a sala do Dr. Os dois delegados se entreolharam. Composta de duas salas interligadas por uma porta, tem um grande jane-. Foi colocada uma cadeira simples para que Cristian se sentasse em frente ao delegado. O vento vindo da janela o pegava de frente, implacavelmente. O fato de Cristian ser fumante estabeleceu um clima tenso.
M: Ahhhh M: Em notas grandes, pequenas, quanto de cada vez? E o resto, conseguiu como? Os policiais se entreolhavam. M: Bom, vamos em frente, rapaz. M: Onze e quanto? C: Onze e cinco, ou dez. M: A noite inteira? O Daniel precisou ser engessado. M: Onde mora esse Daniel? M: E a Cristiane? C: No carro dela, um Gol bolinha. Eu que fui guiando. M: E quem levou eles para o hospital?
C: A Cristiane. Mas ela estava com o carro do pai dela, um Honda ou Hyundai, e morre de medo de ser assaltada. C: Acho que era uma e quarenta e cinco. C: Umas quinze para as quatro. Cristian, vamos continuar. M: E foram para onde? Cristian se ajeitava de um lado para outro na cadeira. Seu peito estava apertado. Tentava se lembrar de tudo, tudinho que podia falar. Esse delegado era detalhista M: Quanto custou? C: Acho que foi quarenta reais.
O Marcos que pagou. M: Por que foi ele que pagou? M: Resolvemos quem? C: Voltamos pra minha rua, fumamos um cigarro e cada um subiu pra sua casa.
C: Ele dormiu na casa do Marcos. M: Ahhhhh. C: Eu nem dormi, fui para o Parque Ibirapuera passear com meu cachorro. M: E ficou em casa? C: Na moto do Jorge, uma Honda Dream cc vermelha e branca. C: Umas dez horas. M: E pagou quanto mesmo? M: Em notas de que valor? C: Era variado entre , 50, 20 e M: Era um pacote de notas? C: Eu arrumei elas por ordem de valor, do maior para o menor. M: As notas eram novas ou antigas? C: Eram misturadas, tinha nota nova e antiga. M: Quantas notas eram de cada tipo, de cada valor?
C: Acho que 2. Todas as pessoas na sala emudeceram. Masi foi delegado corregedor, o correto dos corretos. Era vida ou morte. Ouviu quando foi pedido que um policial fosse buscar seu pai para um novo depoimento. M: Como se chama a sua namorada? M: Onde ela mora? Tinha oito ou nove pessoas onde em geral tem umas quarenta. Algum conhecido? C: Estive, quando eles estavam viajando. Fui com a minha namorada, o Daniel e a Suzane. C: Umas duas vezes.
C: Eu uso maconha de vez em quando. Fez tratamento? Comprou uma moto? A quantia que tinha dado a Cristian era 1. Afirmou que nesse momento ele estava dando bastante apoio moral a Suzane, Daniel e Andreas.
Foi a Dra. Ci: Que horas isso aconteceu? Cr: Entre nove e meia e dez e meia. A gente estava combinando de ir a um barzinho perto da Juscelino. Cr: Eu e o Marcos, que estava apavorado. Ci: Quem dirigiu o carro? Cr: Foi o Cristian, porque eu estava muito nervosa.
Ci: E depois o que fizeram? Voltamos para casa por volta das cinco e meia ou seis horas. Cr: Na quinta-feira, por volta de uma da tarde. Cr: Foi naquele mesmo dia, foi o Cristian que contou. Achei estranho ele ficar insistindo neste assunto. Afinal, o dinheiro estava com ele. Imediatamente os investigadores presentes na sala o detiveram e o algemaram. Moralmente, ele estava no fim do caminho.
Pobre Cristian! Empurravam tudo para cima dele. Domingos Paulo Neto. Claudia e liberou-a juntamente com sua cliente, porque nada ainda haviam conseguido com Cristian. Claudia abriu a bolsa, pegou o ticket do estacionamento em frente, onde estava seu carro, e ficou pronta para ir embora.
Verdade ou blefe? Suas per- nas tremiam. Se fosse verdade que tinham cruzado todos os depoimentos, estaria perdido. Chega de enrolar. Cristian era aficionado por autoridades. A sala silenciou. Cristian se encolheu na cadeira. Indicou que naquela pasta estavam os depoimentos de Jorge, da namorada, de Cristiane, Marcos e outros.
Estava acabado. Recebeu, ainda na casa, 3. Era hora de pressionar Suzane. Domingos, mais de vinte pessoas se aco- tovelavam. Aguardavam o momento em que Suzane confes- saria. Suzane olhou em volta, sem acreditar realmente que tudo tivesse dado errado. Quando os pais voltaram, a festa acabou e a realidade se assomou diante deles. Tinham novamente de voltar a se encontrar escondido de todos. Na tarde do dia 30 de outubro, Suzane resolveu agir.
No apartamento de Cristian, combinaram todos os detalhes. Ficou apenas com trezentos e poucos reais, para pagar o programa daquela noite no motel. Contou que, ao chegar em casa com Andreas, fingiu perceber algo estranho e ligou para Daniel, dando prosseguimento ao plano do casal.
Suzane, para o espanto de todos os presentes, disse que jamais imaginavam que o crime seria descoberto. Todos es- tavam muito confiantes de que tudo daria certo. Saiu da sala desmoronando. Foi buscar Andreas e seguiram juntos para casa. E, por algum tempo, o acordo prevaleceu. Seria escoltada o tempo todo por um policial. Domingos, Dr. Armando, Dr. Masi, Dra. Apenas sorria.
Daniel ria mais e mais. Fala logo. Na casa de Daniel, dentro do estabilizador de seu micro- computador, foram encontrados 1. Realmente o Dr. A promotoria pretende acusar, a defensoria pretende absolver. Sofreram alguma tortura antes de serem assas- sinadas? Ela teria ajoelhado? Tentou sair da cama? O que teria causado esse ferimento? Que instrumento de crime foi utilizado?
Que espessura tinha? Foi um ato de pudor ou de asfixia? Enfim, reconstruir passo a passo tudo o que acontecera naquela casa e em que ordem esclareceria a todos. Requisitante: Dra. Peritos Criminais Relatores: Dra. Jane Marisa M. Bellucci, Dr. Ricardo da Silva Salada e Dr. Agostinho Pereira Salgueiro.
Quarta-feira, 13 de novembro de Garo- ava e a rua estava um caos. Quem eu era, afinal? Fui aceita ali na hora, mas precisava conversar com a delegada.
Ela resolveu que todos ali seriam revistados. As mulheres se dirigiriam para a sala de estudos, os ho- mens ficariam na sala de estar. Sim, todos os telhados dos vizinhos estavam coalhados de jornalistas, que queriam conseguir uma imagem do interior da casa. Encontramos um ponto cego, onde a revista aconteceu. Gislaine Jabur. Eventualmente, observava as conversas ao seu redor. Ele estava ciente disso? Pediu que cada um dissesse seu nome e o papel que representaria:.
Ele pa- recia estar sofrendo de falta de ar, respirando fundo a cada passo. Desliga essa TV e vai pra outro lugar. Andreas, devidamente acompanhado, saiu pela porta do quarto e deu de cara com Cristian no hall do andar de cima. Os trabalhos continuaram. Foi pedido que ele posicionasse os corpos da forma correta. Sua advogada o acalmou. Coloca a toalha! Cristian diz que nessa hora estava muito, muito nervoso, completamente fora da realidade.
Pensa de novo Cristian desceu para pegar os sacos de lixo com Suzane. Segundo ele, grande parte do dinheiro ficou com Suzane e Daniel. Dessa vez, Daniel dirigia. Suzane foi encaminhada para a sala de estudos. Deixei ele em casa, fui pra casa do Daniel Ela olhava para baixo e de vez em quando erguia o olhar, verificando se Jane a estava acompanhando, se precisava falar mais devagar ou mais depressa.
Cumpria exatamente o seu dever. J: Shopping, voltou pra casa S: Fui pra casa do Daniel. J: Que horas eram? S: Umas cinco e pouco J: Pegam o Cristian onde? S: Perto do Red Play. Suzane deu de ombros. Jane respondeu que tudo bem. O depoimento dela para os peritos prosseguiu:. J: Quem dirigia o carro? S: Eu dirigia o carro. S: Eles trocaram de roupa J: Dentro do carro? J: Com o carro andando?
J: A porta, que porta? S: A porta da frente, a porta marrom. J: Que horas eram, mais ou menos? J: Seus pais estavam dormindo? S: Acendi a luz e vim aqui pra biblioteca. J: Abriu a bolsa como? S: Com o segredo. A gente tinha uma pasta marrom J: Depois de quanto tempo? J: Aproximadamente dez minutos? S: Uns quinze minutos Eles desceram, rasgaram a bolsa J: Aquela pasta marrom? Trocaram de roupa e a gente foi embora. Jane perguntou se Salada queria dizer algo.
Ele queria reconstituir. Suzane: Conversar? Aqui embaixo. Sa: Perto de onde, perto do hall, perto da escada? S: Em cima do tapete azul. S: Porque eles pediram que eu separasse, antes de chegar. Hardcover , pages. More Details Original Title. Other Editions 1. Friend Reviews. To see what your friends thought of this book, please sign up. Lists with This Book. Community Reviews. Showing Average rating 4. Rating details.
More filters. Sort order. Jan 18, Bel Rodrigues rated it it was amazing Shelves: criminologia , vida-real , lidos-em Nem muito, nem pouco. Sem mais, tudo que eu esperava do livro, ele foi. Sep 17, Gabriella Lacerda rated it really liked it. Oct 11, marina rodrigues rated it it was amazing Shelves: , nacional , nonfiction , own-and-read , true-crime. Casoy mais uma vez provando ser uma profissional competente. Jun 29, gaby rated it really liked it Shelves: non-fiction. Dec 21, Adhara Black Clara Carvalho rated it liked it Shelves: para , livro-fisico , brazilian-author.
Feb 05, Emylaine Dias rated it it was amazing. A autora Ilana Casoy, detalhou nesse livro todos os acontecimentos, com uma escrita maravilhosa. Oct 29, Giulia Fragale rated it really liked it Shelves: , tenho. Oct 08, Sofia rated it it was amazing Shelves: Eu adorei! O caso Ri Eu adorei! O caso Richthofen foi o que mais me impactou. Sep 16, Eliane rated it liked it Shelves: brasil , tenho , mulheres. No geral, gostei muito porque me interesso pelo assunto, mas acho que algumas partes do processo de escrita poderiam ter sido melhor desenvolvidas.
Em alguns momentos, fiquei chocada com a forma que a Ilana descrevia e me explicava tudo do caso. O Caso Nardoni: Maravilhoso. Mar 12, Cesar Tirso rated it liked it. Arquivos Richthofen: Esta parte sozinha do livro merece cinco estrelas! Nov 02, Mariana Camargo rated it really liked it.
Sep 25, Manu rated it really liked it Shelves: non-fiction , physical-copies. Foram partes extremamente cansativas e devia ter um jeito melhor de transmitir essas mensagens. Aug 23, Raissa Fabretto rated it really liked it Shelves: mulheres-para-ler. Mais completo e detalhado do que eu imaginei.
Mesmo o livro sendo um tema pesado, a narrativa flui muito bem.
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